Tornemos então este blog um pouco mais íntimo, caso vos ocorra que deste lado jaz uma alma que na verdade existe (não muito, mas existe).
É real, por muito estranho que pareça, nós somos reais, dentro de uma realidade que nós inventamos, e uma vez que a inventamos não é verdadeiramente real.
Mas podemos dizer que existimos, eu existo pouquinho. Quando comparada com verdadeiras existências adolescentes cheias de esplendor e pululância, repletas de emoções, de odeios e de amos, a minha existência é bastante medíocre. Mesmo assim existo, repleta de tédio, ócio, sonolência e preguiça.
Pouco mais há a dizer: é completamente impossível definir um ser humano, muito menos um que tenha cerca de dezasseis anos.
Um poema (uma coisita), desta vez meu.
Elogio à preguiça
Tão afortunado objecto
que não tens de te mexer
e ficas morto todo o ano
a teu bel-prazer
dá-me um pouco dessa imobilidade
mata-me, porque não sou capaz de o fazer
morta, tudo será fácil
adormecer para sempre
com a deliciosa certeza
de nunca mais ser incomodada
para mexer um músculo
Que ameaça tão tentadora
Um ócio pleno e eterno.
Bons dias, boas tardes, boas noites, bons crepúsculos e bons lusco-fuscos.
É real, por muito estranho que pareça, nós somos reais, dentro de uma realidade que nós inventamos, e uma vez que a inventamos não é verdadeiramente real.
Mas podemos dizer que existimos, eu existo pouquinho. Quando comparada com verdadeiras existências adolescentes cheias de esplendor e pululância, repletas de emoções, de odeios e de amos, a minha existência é bastante medíocre. Mesmo assim existo, repleta de tédio, ócio, sonolência e preguiça.
Pouco mais há a dizer: é completamente impossível definir um ser humano, muito menos um que tenha cerca de dezasseis anos.
Um poema (uma coisita), desta vez meu.
Elogio à preguiça
Tão afortunado objecto
que não tens de te mexer
e ficas morto todo o ano
a teu bel-prazer
dá-me um pouco dessa imobilidade
mata-me, porque não sou capaz de o fazer
morta, tudo será fácil
adormecer para sempre
com a deliciosa certeza
de nunca mais ser incomodada
para mexer um músculo
Que ameaça tão tentadora
Um ócio pleno e eterno.
Bons dias, boas tardes, boas noites, bons crepúsculos e bons lusco-fuscos.
3 Comments:
Será que a realidade que inventamos não seá a realidade? Não será o conjunto de todas as realidades individuais a realidade? Ou se calhar a verdadeira realidade não é aquilo que vemos, sentimos, cheiramos, saboreamos ou ouvimos (5 sentidos), a verdadeira realidade é completamente diferente da nossa realidade, daquilo que os sentidos nos transmitem.
Define realidade.
Existir? Existir na realidade que inventamos (que também pode ser a verdadeira realidade) ou existir na realidade real? Existir pouco é sinónimo de ser pouco activo/a?
Define existir
A preguiça e tu...dão-se bem...
Boa iniciativa de por uma coisita tua...fico a espera de mais.
Eh pah, a Amarilis a falar sobre si própria... é inédito!
Quanto à realidade, não me vou pronunciar muito acerca disso. A realidade é uma coisa clara, crua e por vezes dura! Costumo dizer que a nossa realidade é a realidade dos outros, pois todos vivemos sobre o mesmo céu!
Quanto à preguicite, já me tinha apercebido que padecias dessa doença…
gosto da rima da primeira estrofe
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