quarta-feira, junho 17, 2009

Olá.

Passados dois anos e meio, vou recomeçar a escrever aqui (pode acontecer é que não tenha muito a dizer - pelo menos já não tenho o "à vontade" dos 15).
Finalmente consegui voltar a manobrar este blog e acho que merece uma segunda oportunidade.
A ver vamos...
Agora estou em época de exames :(
Daqui a um mês falamos.

bons...:)
Bons dias, boas tardes, boas noites, bons crepúsculos e bons lusco-fuscos

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Alvaro de Campos escreveu como eu penso.
O poema que se segue é um bocado extenso, mas garanto-vos que não se vão arrepender de o ler.

TABACARIA
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira.
Em que hei-de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, para o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei que moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando. (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheco-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Álvaro de Campos



Bons dias, boas tardes, boas noites, bons crepúsculos e bons lusco-fuscos

domingo, janeiro 21, 2007

Caros (risque a categoria na qual não se inclui) petizes / graúdos:

Estou de volta (repitam comigo: “yupi”).
Suponho que a minha ausência vos tenha causado letargos infernais, e com certeza não estarei errada.

Nestes últimos tempos sem Internet constatei que isto e faz um bocadito de falta, mas sobrevivi (ao que tudo indica), e tenho conclusões extremamente complexas a retirar, das quais saliento a principal:
A Internet é porreirinha.

Hoje vou repostar (a língua portuguesa é extraordinária) aquilo que escrevi sobre o aborto aqui há uns tempinhos.



“É óbvio que ninguém é a favor do aborto.
Mas quem é contra a sua despenalização é um dromedário (hoje não tenho medo de ofender ninguém, porque todas as pessoas que acham que mulheres que praticam aborto devem ir a um tribunal, são inconscientes).Pensem duas vezes por favor!!!Imaginemos este exemplo: Uma rapariga com os seus 18 anos, já mãe de um filho, solteira, sem família que a sustente, desempregada, tem um descuido e engravida (ou por mera inconsciência). Acham que uma criança tem boas condições de vir ao mundo? Não acham que a rapariga teria bom senso se se deslocasse a um centro de saúde, e não permitisse arruinar ainda mais a sua vida?Até podem pensar que a atitude da rapariga não é correcta, mas será um crime? Não terá ela direito à sua privacidade? Deverá ser julgada e humilhada perante um juiz?
Pensem: A legalização do aborto, não está relacionada com as pessoas conscientes, cultas e de extremo bom senso (a essas os paizinhos levam a Espanha e tudo corre bem), estou a falar de pessoas carenciadas, nem sempre muito racionais e sem condições, que se tivessem direito a um sistema de saúde para cuidar delas neste tipo de situações, tudo seria melhor.É absolutamente arcaico a penalização do aborto.”
Já tenho umas ideias novas sobre isto, dêem a vossa opinião e perguntem o que quiserem.

Bons dias, boas tardes, boas noites, bons crepúsculos e bons lusco-fuscos

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Tornemos então este blog um pouco mais íntimo, caso vos ocorra que deste lado jaz uma alma que na verdade existe (não muito, mas existe).

É real, por muito estranho que pareça, nós somos reais, dentro de uma realidade que nós inventamos, e uma vez que a inventamos não é verdadeiramente real.
Mas podemos dizer que existimos, eu existo pouquinho. Quando comparada com verdadeiras existências adolescentes cheias de esplendor e pululância, repletas de emoções, de odeios e de amos, a minha existência é bastante medíocre. Mesmo assim existo, repleta de tédio, ócio, sonolência e preguiça.
Pouco mais há a dizer: é completamente impossível definir um ser humano, muito menos um que tenha cerca de dezasseis anos.

Um poema (uma coisita), desta vez meu.

Elogio à preguiça

Tão afortunado objecto
que não tens de te mexer
e ficas morto todo o ano
a teu bel-prazer

dá-me um pouco dessa imobilidade
mata-me, porque não sou capaz de o fazer

morta, tudo será fácil
adormecer para sempre
com a deliciosa certeza
de nunca mais ser incomodada
para mexer um músculo

Que ameaça tão tentadora
Um ócio pleno e eterno.


Bons dias, boas tardes, boas noites, bons crepúsculos e bons lusco-fuscos.





quarta-feira, novembro 29, 2006

Ora viva!

Morreu um senhor artista, daqueles que já não se fazem mais, e que me deixam num saudusismo inexplicável.

PASTELARIA - MÁRIO CESARINY
Afinal o que importa não é a literatura nem a crítica de arte nem a câmara escura

Afinal o que importa não é bem o negócio nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio

Afinal o que importa não é ser novo e galante - ele há tanta maneira de compor uma estante

Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício e cair verticalmente no vício

Não é verdade rapaz? E amanhã há bola antes de haver cinema madame blanche e parola

Que afinal o que importa não é haver gente com fome porque assim como assim ainda há muita gente que come

Que afinal o que importa é não termedo de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente: Gerente! Este leite está azedo!

Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo à saída da pastelaria, e lá fora – ah, lá fora! – rirde tudo

No riso admirável de quem sabe e gosta ter lavados e muitos dentes brancos à mostra

you are welcome to elsinore

Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluços
ó espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar Mário Cesariny

Bons dias, boas tardes, boas noites, bons crepúsculos e bons lusco-fuscos

sábado, novembro 11, 2006

Ora, muitíssimo bom dia!


Desde já indico-vos um filme muito bom que acabei de ver: “Acordar para a vida” (Waking life).


Têm-me ocorrido algumas questões relacionadas com a essência do ser humano: Quais as características que se podem indicar da humanidade?

Eu escolho quatro: Racionalidade (liberdade), Violência, Medo e Sonho.

Todo o ser humano pensa, e mais nenhum outro o faz. Essa racionalidade permite-o fazer as suas escolhas e desse modo é livre. Claro que possui uma liberdade de acção muito limitada, mas uma total liberdade mental (ou não, isso agora…).

Todo o ser humano é violento. A violência é uma resposta natural que o homem tem à raiva e que advém dos mais variados estados de alma. Neste contexto queria defender aqui uma ideia que tenho vindo a desenvolver: A música mais pesada, o facto de as pessoas a ouvirem alto e principalmente de irem aos concertos, são das coisas mais anti-violência que conheço, porque é uma forma não agressiva (ao contrário do que pode parecer) das pessoas descarnarem a sua raiva, de se libertarem, de explodirem sem incomodar ninguém.
A violência é o estado natural do ser humano, e nunca nenhum pacifista consegui usar a razão de forma a acabar com a violência e a sociedade não se vai ver livre das guerras precisamente por isso, a violência está-nos entre as orelhas.

Cada pessoa tem os seus medos, penso que não há ninguém sem medo de nada, pelo menos da morte acho que todos temos medo.
O medo é um grande condicionante das nossas acções, os medos podem divergir consoante as pessoas, mas ninguém se vê livre deles.

“O sonho é uma constante da vida, tão concreta e definida, como outra coisa qualquer”. Eu também acho que todos sonhamos, que a dormir, quer acordados.
Eu pelo menos faço isso a toda a hora…


Tens mais alguma característica que possas dizer que todos os seres humanos têm?


Bons dias, boas tardes, boas noites, bons crepúsculos e bons luso-fuscos.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Ora viva!!!

Peço imensas desculpas pelo meu desaparecimento do mundo cibernético dos blogs durante as ultimas duas longas e penosas semanas, mas tive de me ausentar devido à minha incorporação num programa ultra secreto da NASA que me levou a fazer uma viagem a um planeta longínquo onde tive de negociar termos importantíssimos para o futuro de todos os terráqueos e lutar contra seres extraordinariamente poderosos e ameaçadores à subsequência de todo o universo…(estive com uns problemas com a Internet)~.

Não me têm ocorrido assim muitos temas mediáticos ultimamente, mas ontem estava a ver aquele debate na RTP1 sobre os grandes portugueses e uma jovem por quem tenho muito apreço, Joana Amaral Dias, disse que o mundo dos blogs tem uma grande importância para a liberdade de expressão pública e referiu que as mulheres tinham um papel muito reduzido por aqui…e enfim, agora é desta que não me calo.

Ontem estava mesmo empenhada em ver o debate, nem todos os dias estão reunidas tantas pessoas interessantes a discutir seja lá o que for.
Fiquei deveres inquietada com o que lia em rodapé: uma significativa percentagem das pessoas estava a idolatrar o senhor Salazar. Isto é muito preocupante, e eu acho que é mesmo uma tendência da juventude e não é só relativa aos velhotes saudosos e conservadores.

Preocupam-me muito todos estes novos fundamentalismos e extremismos que acho que têm tendência crescer numa sociedade desacreditada em que hoje vivemos.

O que é que os meus queridíssimos leitores acham desta tendência? È ameaçadora? È apenas fogo de vista?

E em relação ao tal programa dos grandes portugueses? Em quem votariam?

Em relação a isso eu acho muito difícil fazer uma escola…acho que tem a ver com um certo saudosismo tão típico português.

Eu sugiro algumas sugestões:
Camões
Pessoa
Siza
Manoel de Oliveira
Vieira da Silva
Paula Rego
Sramago
Fernando Ribeiro
A minha mãe e o meu pai
Eu…

(grande treta)

Bons dias, boas tardes, boas noites, bons crepúsculos e bons lusco-fuscos.